Não tenho pretensões

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domingo, 10 de junho de 2012

No meio do caminho tinha uma pedra

“No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra”
Carlos Drummond de Andrade



Querida(o) irmã(o) que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça contigo! Chegamos ao penúltimo mês de 2011, logo celebraremos o tempo de Advento, encerrando mais um ciclo litúrgico. Esse é tempo que muitas associações e pastorais começam a planejar os objetivos para o próximo ano. Até aí, como dizia meu pai: “são favas contadas...”, mas o que pensamos quando falamos em planejamento?
Você pode estranhar o porquê comecei esse texto com o poema de Carlos Drummond de Andrade, mas ele serve para lembrar que sempre há e haverá uma pedra no meio do caminho... Ela pode ser grande, enorme, média, pequena ou minúscula, independente do tamanho ela sempre estará lá, no meio do caminho... E como podemos determinar o valor da pedra? Qual a participação da pedra em uma caminhada? E o que é a pedra em um planejamento?
Para muitos a pedra pode ser um problema, algo que atrapalha a caminhada. Para outros é algo insignificante e pequeno demais para ser levado em consideração. Para alguns poucos a pedra tem valor imensurável, pois ela completa o caminho, serve de base para uma construção ou repouso em uma exaustão. Entretanto, a pedra não é o objetivo de um planejamento, mas faz parte de todo o processo. Seja ela vista como um motivo para pausa e reflexão, ou um peso a ser carregado, ou ainda uma necessidade.
Muitas vezes em nossos planejamentos, acabamos enxergando apenas a pedra problema e não adiante dela, com isso nosso objetivo fica minimizado a resolver problemas. Quando se planeja para resolver problemas, esquecemos de preparar novos desafios, novos modos de enxergarmos a realidade e transformarmos o futuro. Inevitavelmente dentro de um pequeno período estaremos planejando novamente para resolver outro problema e não para criarmos uma superação.
Então não devemos valorizar a pedra problema, correto? Esse pensamento está TOTALMENTE ERRADO! A pedra problema nos faz tropeçar, cair, xingar, machucar e tomar uma atitude para a mudança. Então ela é muito importante e ela pode ser transformada de problema para base de construção de um grande projeto.
Termino esse texto lembrando que normalmente tropeçamos nas pedras pequenas e sem valor, pois achamos que elas não podem nos fazer mal algum... Então ao planejar valorize os pequenos problemas, pois eles é que normalmente não deixarão você atingir o objetivo.
Um grande Beijo da Paz!
Hernane M. Ferreira