Não tenho pretensões

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domingo, 11 de fevereiro de 2018

De um Golpe a Coroa foi ao chão!

Do Ipiranga é preciso que o brado / Seja um grito soberbo de fé! / O Brasil já surgiu libertado, / Sobre as púrpuras régias de pé. / Eia, pois, brasileiros avante! / Verdes louros colhamos louçãos! / Seja o nosso País triunfante, / Livre terra de livres irmãos! / Liberdade! Liberdade! / Abre as asas sobre nós! / Das lutas na tempestade / Dá que ouçamos tua voz!
Amadas/os que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça contigo em todos os momentos de sua vida! Hoje compartilho um texto sobre a minha visão da Proclamação da República, que aconteceu em 15 de novembro de 1889.
O sistema político brasileiro na época era o monarquismo, sendo Dom Pedro II o monarca brasileiro, que passava por uma enorme crise, explicada através de algumas questões:
  • Aumento da dívida externa brasileira junto à Inglaterra, devido a Guerra do Paraguai (1864-1870), o que gerava problemas econômicos ao país;
  • Interferência em demasia de D. Pedro II (Padroado e Beneplácito) nos assuntos religiosos, provocando descontentamento na Igreja Católica;
  • O crescimento da classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas, comerciantes) nos grandes centros urbanos que desejava mais liberdade econômica e maior participação nos assuntos políticos do país;
  • Descontentamento dos integrantes do Exército Brasileiro com a proibição de se manifestarem na imprensa contra o sistema político e a situação do país, sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;
  • Conhecidos como “Republicanos de 14 de maio”, os grandes proprietários rurais, insatisfeitos pela decisão monárquica pelo fim da escravidão, se ajuntaram para obter maior poder político e visando ampliar o poder econômico.
Diante do citado, as constantes críticas à monarquia cresciam e partiam de vários setores atingindo diretamente a população. Essa, por sua vez, retirava o pouco apoio que a monarquia ainda possuía, enquanto isso, o movimento republicano ganhava força no Brasil.
No dia 15 de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca, comandante na guerra do Paraguai, contrário ao movimento republicano e grande defensor da Monarquia, coordenando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária promove um levante político-militar e demite o Conselho de Ministros do Império.
Temendo haver represálias pelo seu ato, o Marechal Deodoro da Fonseca assina o manifesto proclamando a República no Brasil, instalando um governo provisório e assumindo o posto de presidente do Brasil. No dia 18 de novembro, D. Pedro II e a família imperial partia rumo à Europa, onde permaneceram exilados.
A população pobre da sociedade não participou da ação efetiva e apenas observava o golpe republicano, pois a República não favorecia em nada a essas camadas sociais.


"Proclamação da República", 1893, óleo sobre tela de Benedito Calixto (1853-1927).
Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo

Para encerrar, que tal conhecermos o significado de República?
República é uma expressão que descreve uma forma de governo em que o cidadão, ou seus representantes, elegem o Chefe de Estado, ou Presidente, para exercer a função por um período limitado. Esta expressão deriva do latim res publica cuja tradução é “coisa do povo”. A República pode ser democrata ou uma ditadura, apesar de parecer totalmente contraditório. No Brasil temos exemplos de vários golpes políticos-militares em que foram instauradas Ditaduras, mantendo-se o regime Republicano. Entre eles a República da Espada (1889-1894), Estado Novo (1937-1945) e Ditadura Militar (1964-1985).
Abraços fraternos! Salve Maria!
Hernane Martinho Ferreira
Praesidium Mãe dos Pequeninos
Comitium Stella Maris – Vila Alpina/São Paulo