Não tenho pretensões

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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Tiradentes e o verdadeiro desafio do ser Independente!

Amada/o Irmã/o que a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça sempre conosco em todos os momentos de nossas vidas! “Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições.” (1Tm 6,9-10).

No próximo dia 21 de abril estaremos celebrando o 225º ano da ressurreição de Joaquim José da Silva Xavier. Tiradentes, como ficou conhecido na história, é considerado patrono cívico do Brasil, era proprietário rural, militar, comerciante e dentista e foi condenado à morte pela Coroa Portuguesa acusado de ser o líder do levante contra o governo denominado “Inconfidência Mineira” ou “Conjuração Mineira”.

A Inconfidência Mineira era um grupo da elite da Capitania das Minas Gerais, formada por intelectuais e proprietários de grandes porções de terras, com minas de ouro e diamantes, que se reuniram, principalmente, contra os altos impostos criados pela Coroa Portuguesa: Quinto (a quinta parte do ouro e diamantes retirados das minas era destinada ao governo) e a Derrama (taxa anual de 150 arrobas de ouro cobrada dos mineradores).

Após a delação de um dos integrantes do grupo, a revolução foi aniquilada antes mesmo de acontecer. O delator foi presenteado, pela sua colaboração com o governo, com uma pensão vitalícia e o perdão de todas as dívidas. Os demais foram condenados à morte, entretanto a Coroa Portuguesa decidiu exilá-los, para mostrar sua “compaixão”. A exceção foi Tiradentes, único que confessou a participação no levante, executado por enforcamento, esquartejado e seu corpo foi espalhado pela estrada que ligava as cidades de Vila Rica/MG ao Rio de Janeiro.

Como a história nos mostra, muitas das revoluções, independente de seus verdadeiros ideais, acontecem aproveitando-se dos problemas econômicos existentes na época. Os maiores exemplos dessa afirmação são as Revoluções Francesa e Comunista Soviética. A Inconfidência Mineira não foi diferente!


Ouso afirmar, e a história comprova, que os verdadeiros objetivos dos líderes desses levantes são a busca dos poderes político, judiciário e econômico. A preocupação com as verdadeiras necessidades e com os necessitados são sempre muito bem utilizadas como propaganda para justificar a tal evento, pois conseguem movimentar a população, mas nunca se transformam em realidade!

O grande desafio do cristão diante de tais eventos é ser totalmente independente! Entretanto, ser independente não é sinônimo de ser alienado ou de se eximir de responsabilidade. Ser independente é ter uma visão completa e profética da realidade, julgar essa realidade conforme a Sagrada Escritura nos orienta e, principalmente, agir com a mesma dedicação e amor que os primeiros cristãos tiveram.

Hoje em vários lugares dessa Casa Comum, e o Brasil não é exceção, mais que apontar erros de “Fulano”, “Cicrano” e “Beltrano”, porque não temos o direito de atirar a primeira pedra, devemos assumir a responsabilidade de construir a mudança da sociedade, visando construir o Reino de Amor, Paz e Justiça. Assim fez a Igreja primitiva, assim devemos fazer!

Que a coragem da Mãe dos Cristãos, nos anime sempre a construirmos o reino de Deus! Salve Maria!

Hernane Martinho Ferreira

Equipe de Comunicação do Senatus Nossa Senhora Aparecida
Publicado no Jornal do Senatus - Ano 18 - Número 158 - Abril / Maio 2017