Amada/o Irmã/o
que a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça sempre conosco em
todos os momentos de nossas vidas! “Aqueles
que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos
desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da
perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela
cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições.” (1Tm
6,9-10).
No próximo dia
21 de abril estaremos celebrando o 225º ano da ressurreição de Joaquim José da
Silva Xavier. Tiradentes, como ficou conhecido na história, é considerado
patrono cívico do Brasil, era proprietário rural, militar, comerciante e
dentista e foi condenado à morte pela Coroa Portuguesa acusado de ser o líder do
levante contra o governo denominado “Inconfidência Mineira” ou “Conjuração
Mineira”.
A
Inconfidência Mineira era um grupo da elite da Capitania das Minas Gerais,
formada por intelectuais e proprietários de grandes porções de terras, com
minas de ouro e diamantes, que se reuniram, principalmente, contra os altos impostos
criados pela Coroa Portuguesa: Quinto (a quinta parte do ouro e diamantes retirados
das minas era destinada ao governo) e a Derrama (taxa anual de 150 arrobas de
ouro cobrada dos mineradores).
Após a delação
de um dos integrantes do grupo, a revolução foi aniquilada antes mesmo de
acontecer. O delator foi presenteado, pela sua colaboração com o governo, com
uma pensão vitalícia e o perdão de todas as dívidas. Os demais foram condenados
à morte, entretanto a Coroa Portuguesa decidiu exilá-los, para mostrar sua
“compaixão”. A exceção foi Tiradentes, único que confessou a participação no
levante, executado por enforcamento, esquartejado e seu corpo foi espalhado
pela estrada que ligava as cidades de Vila Rica/MG ao Rio de Janeiro.
Como a
história nos mostra, muitas das revoluções, independente de seus verdadeiros
ideais, acontecem aproveitando-se dos problemas econômicos existentes na época.
Os maiores exemplos dessa afirmação são as Revoluções Francesa e Comunista
Soviética. A Inconfidência Mineira não foi diferente!
Ouso afirmar,
e a história comprova, que os verdadeiros objetivos dos líderes desses levantes
são a busca dos poderes político, judiciário e econômico. A preocupação com as
verdadeiras necessidades e com os necessitados são sempre muito bem utilizadas como
propaganda para justificar a tal evento, pois conseguem movimentar a população,
mas nunca se transformam em realidade!
O grande
desafio do cristão diante de tais eventos é ser totalmente independente!
Entretanto, ser independente não é sinônimo de ser alienado ou de se eximir de
responsabilidade. Ser independente é ter uma visão completa e profética da
realidade, julgar essa realidade conforme a Sagrada Escritura nos orienta e,
principalmente, agir com a mesma dedicação e amor que os primeiros cristãos
tiveram.
Hoje em vários
lugares dessa Casa Comum, e o Brasil não é exceção, mais que apontar erros de
“Fulano”, “Cicrano” e “Beltrano”, porque não temos o direito de atirar a
primeira pedra, devemos assumir a responsabilidade de construir a mudança da
sociedade, visando construir o Reino de Amor, Paz e Justiça. Assim fez a Igreja
primitiva, assim devemos fazer!
Que a coragem
da Mãe dos Cristãos, nos anime sempre a construirmos o reino de Deus! Salve
Maria!
Hernane Martinho Ferreira
Equipe de Comunicação do Senatus Nossa Senhora
Aparecida
Publicado no Jornal do Senatus - Ano 18 - Número 158 - Abril / Maio 2017