Consideramos retiro como sendo um
momento em que nos afastamos das atividades cotidianas para avaliarmos e direcionarmos
os passos futuros. Existem várias formas de realizarmos um retiro, entre eles,
o retiro espiritual. Com isso, podemos concluir que o retiro espiritual é um
afastamento temporário das atividades para vivermos um momento de intensa e
profunda intimidade com Deus.
Quando o realizamos, ele torna-se uma
fonte de discernimento e revisão de vida, ajudando-nos a olhar para o nosso
íntimo e a refletir qual o relacionamento que possuímos conosco mesmos, com
Deus e com o mundo, visando renovarmos a nossa vida, sobretudo a vida orante e
a espiritualidade, em busca de uma maior fidelidade a Deus.
Então, para que serve um Retiro?
Entre várias outras qualidades,
podemos elencar que um Retiro seve para:
·
Fazer
uma experiência particular do Amor e da Misericórdia de Deus;
·
Ampliarmos
o conhecimento de nós mesmos, descobrindo quais os nossos talentos, entender as
nossas reações e buscar o sentido para a nossa vida;
·
Melhorar
o relacionamento com as pessoas que Deus coloca em nossa caminhada;
·
Entender
os acontecimentos e as circunstâncias da nossa vida, fazendo uma leitura com a
ótica de Deus;
·
Decidir,
de forma consciente, o que é o melhor para a sociedade e empreender esforços
pessoais para que se atinjam esses objetivos;
·
Sermos
mais felizes, pois nunca é tarde para recomeçar ou rever o rumo que estamos
seguindo.
Na Bíblia, existem várias passagens
em que os personagens se retiravam para decidir como deveriam caminhar, entre
essas, podemos destacar: Moisés, Maria, Jesus e Paulo. Moisés várias vezes se
retirou durante sua vida, as que damos maior destaque são os episódios da sarça
ardente e das tábuas da lei. Maria, não foi diferente, pois guardava tudo em
seu coração, mas o episódio marcante de retiro foi a Anunciação que seria a Mãe
do Salvador. Jesus, por sua vez, também realizava os seus retiros e ensinava
aos demais o valor do mesmo, com Ele temos os episódios da tentação no deserto,
escolha dos apóstolos, a transfiguração e o sofrimento no Horto das Oliveiras.
Já Paulo, teve o episódio mais marcante de um retiro, quando ficou cego a
caminho de Damasco.
Apesar de pessoas e épocas
distintas, todos esses retiros nos apresentam algo em comum e que devemos estar
atentos: O retiro espiritual, necessariamente, deve nos incentivar na
construção do Reino de Deus onde seja repleto de Justiça, Paz e Amor.
O manual da Legião de Maria nos
orienta que façamos anualmente um retiro. Isso se justifica, pois é
imprescindível que, de tempos em tempos, façamos uma pausa para entregar a Deus
os “ruídos interiores” que nos acompanham no dia a dia e, por conseguinte,
abrirmos os nossos ouvidos para Deus e compreendermos como lidar com essas
inquietações. Entretanto, engana-se quem pensa que o retiro deva ser realizado somente
quando estamos inquietos ou com alguma dificuldade! O retiro também deve ser
realizado quando, aparentemente, estamos caminhando bem.
Um bom retiro nos orienta durante uma
crise e também reforça a caminhada que já está boa! Seja qual for o motivo,
procure realizar um retiro e compartilhar as experiências pessoais vividas!
Um grande abraço da Paz! Salve
Maria!
Hernane Martinho Ferreira
Equipe de Comunicação do Senatus
Nossa Senhora Aparecida – São Paulo/SP