O Documento de Aparecida apresenta várias recomendações a quem irá fazer evangelização para que procure formações. Essas formações visam que a pessoa possa anunciar, dialogar, testemunhar, servir e celebrar com consciência, para que Jesus seja reconhecido na ação de seus membros. As pessoas que se propõem a realizar esse trabalho de evangelização devem reconhecer que haverá grande dificuldade, principalmente se pertencerem a algum dos grupos perseguidos.
Com a experiência que adquirimos com as visitas pastorais que realizamos às diversas famílias e jovens, através da Legião de Maria, aprendemos que o primeiro contato com as pessoas, até então desconhecidas, não deve ser caracterizado como um interrogatório ou um julgamento à pessoa visitada. Para uma abertura de diálogo, no primeiro contato, devemos tratar de assuntos que sejam do agrado do visitado. Uma proposta é conversar sobre o estilo musical e os locais que normalmente agradam a essa Tribo Urbana. Para isso, recomenda-se que, para esse primeiro passo, um estudo detalhado dos estilos musicais e locais de frequência dos Carecas do ABC.
Após conquistar a confiança e o respeito dos Carecas do ABC, o segundo passo é a abertura do diálogo visando conhecer a opinião dele sobre diversos assuntos. É importante nesse momento que o visitante não apresente características de negativa às opiniões dos membros da “tribo urbana”. Ocorrendo essa negativa, o trabalho estará comprometido e não atingirá seu objetivo.
O terceiro passo é ampliar ainda mais o diálogo, sugestionando opiniões contrárias para verificar a aceitação das pessoas. Nesse momento devemos começar a introduzir a proposta de Jesus Cristo aos membros dessa Tribo Urbana.
É importante ressaltar que os passos acima descritos não representam três encontros. Pelo motivo de cada contato ser uma descoberta, uma complexidade divergente e uma realidade diferente dos demais contatos, o tempo para a execução de cada passo variará conforme a necessidade particular de cada realidade vivida.