Precisa-se de candidato para o meu voto!

Querida irmã(o) que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça com você! Durante muitos anos escutamos que Política e Religião não se misturam. Eu já afirmei em diversos textos que ambas não se mistura, mas se completam, pois não há como cuidar da alma e deixar o corpo e nem como tratar do corpo e abandonar a alma. E por que estou citando todos esses detalhes?
Nesse texto, quero fazer uma comparação entre o momento profissional que estou vivendo com o momento político. Nesse momento eu sou sócio da maior empresa do mundo: “Desempregados S/A”. Brincadeiras a parte, agradeço a Deus por essa pausa, ela está sendo de muita ajuda devido ao estresse sofrido nos últimos dois anos. Por outro lado, tenho recebido alguns convites para entrevistas.
Ao comparecer nessas entrevistas, normalmente sou atendido por dois ou três entrevistadores ao mesmo tempo. De maneira bem agradável, sou questionado sobre diversos assuntos: família, política, esporte, entretenimento, religião, perspectiva de vida, saúde, conhecimentos técnicos entre vários outros assuntos. Após toda conversa, negociamos valores salariais, abonos e benefícios, horários e dias de trabalho, e, havendo acordo, fechamos o contrato de trabalho.
Depois de toda essa experiência, eu questiono o porquê não fazemos o mesmo com nossos políticos? Por que insistimos em desperdiçar nossa parte no acordo? Por que não entrevistamos os nossos candidatos?
A história do Povo Hebreu nos mostra que Deus sempre escuta a angustia dos aflitos, mas toda vez que Deus vai intervir no mundo Ele pede “permissão” ao ser humano, logo devemos ter consciência que não adianta apenas ficarmos orando a Deus para que haja mudança, devemos fazer a nossa parte!
Já citei esse texto em outros textos, mas quero lembrar a carta a Tito (Tt 1, 1-16) que nos orienta na escolha de nossos representantes. Vou transcrevê-lo na forma de itens para visualizarmos as nossas responsabilidades na escolha, as características dos candidatos ao cargo público e as :
A nossa responsabilidade na escolha:
1. Quem deve escolher o representante do povo é você (Tt 1,5);
2. Saiba discernir, pois há bons candidatos, mas há também péssimos candidatos (Tt 1,10);
3. Escolha com responsabilidade o representante (Tt 1,11);
4. Acabar com péssimos candidatos é sua responsabilidade (Tt 1,11);

As características do Candidato:
1. Deve ser correta/o (Tt 1,6);
2. Possuir critérios cristãos para com a família e a sociedade, mesmo que o não seja cristão (Tt 1,6);
3. Não deve romper seus compromissos ao bel-prazer (Tt 1,6);
4. Não pode ser ganancioso, vingativo e violento (Tt 1,7);
5. Deve buscar sempre a Justiça de Deus (Tt 1,8);
6. Deve ser prudente, acolhedor, bondoso e organizado (Tt 1,8);
7. Deve ser um sinal de Deus na defesa da vida e condenar as atitudes que destruam a vida e a dignidade humana (Tt 1,9);

As nossas responsabilidades para com o representante eleito
1. Repreenda seu escolhido, caso não cumpra o compromisso (Tt 1,12);
2. Não haja como tolo, cobre explicações necessárias (Tt 1,14);
3. Acompanhe e assessore todo o trabalho do escolhido para que ele não seja tentado a corromper-se (Tt 1, 15)
4. Os critérios para escolha do candidato devem ser meus critérios político (Tt 1,16);

Difícil? Pode até ser, mas somente com o nosso comprometimento é que teremos dignidade na saúde, educação, emprego, segurança e habitação. Agora é com você, a decisão é sua! Encerro utilizando de uma expressão baseada em um trecho de “A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca”, uma obra de William Shakespeare: “Mudar ou Manter, eis a questão?”.
Um grande beijo da Paz e Salve Maria!
Hernane M. Ferreira
Praesidium Mãe dos Pequeninos