O modelo de divulgação utilizado pelo White Power na Europa e América do Norte também foi utilizado no Brasil. Os jovens da periferia da zona leste de São Paulo e das cidades metropolitanas, mais especificamente o município de Santo André, acolheram o projeto de se tornarem Skinheads. Nasciam assim dois grupos denominados “Carecas do Brasil”, formados pelos jovens moradores da zona leste de São Paulo, e “Carecas do ABC”, formados pelos jovens moradores de Santo André. Este último é o grupo que pretendemos evangelizar.
Acreditamos ser de grande relevância informar a dificuldade em encontrarmos material referente ao grupo “Carecas do ABC”. Em pesquisas realizadas pela internet, as informações são sobre a violência praticada pelo grupo. Há vários sítios eletrônicos com as características, opiniões ou informações, mas nenhum deles assume-se como representante oficial ou coisa parecida. O contrário acontece com o grupo “Carecas do Brasil” que apresenta suas opiniões, pensamentos e atividades. As informações conseguidas foram através de contato com um membro do grupo.
O início dos Carecas do ABC baseava-se na violência e no patriotismo intenso. Com o passar do anos, algumas características foram alteradas, mas a utilização da violência para impor seus pensamentos continuava. Os Skinheads brasileiros perceberam que a formação genealógica dos brasileiros é predominantemente miscigenada e modificaram o alvo de perseguição. A perseguição passou a ser contra índios, nordestinos e a todos julgados como merecedores de tal ato, além dos negros, homossexuais e asiáticos, conforme palavras de seus membros.