Não tenho pretensões
Meus escritos e minhas opiniões podem valer R$0,01 mas se a juntarmos a de 200.000.000 de pessoas desse país, debatermos com respeito e trabalharmos por aprimorá-las, com certeza poderemos construir um país melhor para todos! Venha debater!
domingo, 4 de dezembro de 2011
Salvadores de Vida x Burocratas da Sociedade...
Amada(o) Irmã(o) que a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja e permaneça com você em todos os momentos de sua vida.
Estive afastado dessas últimas edições do Legiornal devido aos problemas de saúde de meu pai e quero agradecer a cada um de vocês que fizeram e fazem orações pela nossa recuperação. É através dessas orações que estamos vivendo a cada dia e, como no dito popular, matando um leão por dia para continuarmos a viver.
Nesse período pude perceber o quanto devemos repensar e remodelar a nossa sociedade consumista. Pude viver mais de perto as dificuldades que os médicos, enfermeiros e servidores de limpeza e alimentação dos hospitais e postos de saúde (públicos) vivem. As vezes reclamamos que os médicos não dão atenção necessárias aos doentes e que suas atitudes são de pessoas que não estão nem um pouco preocupadas com a doença dos demais, mas pude perceber que não é verdade, pelo menos em uma maioria de 90%, os 10% restantes acredito que ainda não compreenderam a grandiosidade de serem um defensor da vida.
Quando estamos com um ente querido em uma fase de enfermagem, expressamos diversos sentimentos aos quais os médicos tentam compreender e usarem desses para nos fortalecer nas dificuldades. As suas palavras podem ser muitas vezes doídas, mas devem ser dadas para que possamos compreender a gravidade da situação e muitas vezes não conseguimos compreender de imediato. Percebi que esses se dedicam não apenas a um doente, mas a dezenas deles, no andar do hospital estadual em que meu pai ficou internado, na zona leste de São Paulo, havia nada menos que 60 pacientes, e mais 20 enfermos aguardando leito... Em um período diário de 12 horas de atendimento e estresse com a dificuldade em prestar atendimento devido a falta de equipamentos, medicamentos, especialistas e retorno administrativo, essas pessoas (médicos, enfermeiros e servidores) ainda têm que apresentarem aos familiares, justificativas da piora ou melhora do enfermo.
Por outro lado vi e vivi, nesse hospital estadual da Zona Leste de São Paulo, com burocratas que não estão nem um pouco preocupados com os enfermos e com seus familiares. Para eles, o falecimento de uma pessoa é apenas um número nas estatísticas do Estado. Esses fazem de tudo para enganar os familiares, quando indagados sobre a posição do hospital para transferência e ou tratamento do enfermo, enquanto ficam sentados em confortáveis cadeiras, nas salas com ar-condicionado muito bem regulado e o mais longe possível da população que merece uma resposta.
Afirmo isso, pois no dia em que meu pai foi transferido para a emergência, vi o médico implorando ao setor administrativo que ele fosse transferido para um hospital para o tratamento adequado. E não era a primeira vez que via aquilo e nem apenas com meu pai, nos 15 dias que estive no tal hospital, a resposta do setor administrativo era sempre a mesma: “estamos verificando e não podemos fazer nada”.
Afirmo que nesse dia fiz algo que sou contra, mas a angustia, o medo e o sentimento de ser tratado como idiota pelo setor administrativo, encorajou-me a discutir aos berros com todos os “irresponsáveis” pelo hospital. Uma vez que ninguém assumia a responsabilidade administrativa por nada naquele hospital (caso o governador de São Paulo Geraldo Alckmin, que é médico, quiser eu me ofereço para administrar esse hospital, pelo menos não tenho medo de assumir responsabilidade pelos atos de minha administração), e fui cercado por cerca de 15 seguranças, quase que imediatamente. É eles tem que ter vários seguranças mesmo, pois seus atos justificam tal necessidade. Depois de ameaçar ir a Delegacia de Polícia fazer Boletim de ocorrência contra erros administrativos do hospital e ameaçar chamar a impressa para mostrar o tratamento oferecido por tal administração, eles começaram a trabalhar e “se empenharam” em resolverem os erros administrativos cometidos.
Hoje meu pai está em um outro hospital recebendo o tratamento necessário, tenho consciência de que o tratamento será longo e que ele pode não resistir ao mesmo, mas pelo menos há esperança de cura e a certeza que a Deus nada é impossível, algo que a burocracia faz questão de matar de imediato. Quero agradecer aos médicos, enfermeiros e servidores pela dedicação e o atendimento fornecido, dentro de suas possibilidades, ao meu pai.
Tenho consciência de que não sou o único nessa situação, que muitos outros irmãos encontram-se com essa dificuldade, mas é minha a responsabilidade de animar o povo a se rebelar contra o mal trato que os políticos brasileiros e seus burocratas comentem diariamente contra o povo! Cada Real gasto com esses indivíduos burocratas é um Real a menos na educação, saúde, segurança, trabalho, alimentação, transporte, justiça etc., valor que pode simplesmente exterminar com mais de uma vida.
Lembre-se: não agrida o ser humano que se encontra na sua frente, agrida a atitude dele usando seus direitos. Faça boletim de ocorrência contra a atitude administrativa do Estado e seus burocratas e acione a justiça contra essas atitudes. Caso não possua um advogado, procure a defensoria pública para exercer seus direitos. O Estado tentará amedronta-lo, mas enfrente-o. Um povo que não luta pelo seus direitos, não conquista sua liberdade e nem a Democracia!
Um grande abraços e que Deus abençoe ainda mais a vida de cada um de vocês! Salve Maria!!!
Hernane M. Ferreira